Automutilação / Autolesão

Simone Angelica Amorim - Psicóloga - Automutilação - Autolesão1

Automutilação / Autolesão

A conduta autolesiva (causar ferimentos em si, autoinfligido à superfície do corpo sem intensão de morte declarada, como: cortar-se, arranhar-se, bater-se, etc) é uma ameaça á saúde mental e um dos principais problemas de saúde mental entre os adolescente. Apesar de ser uma prática sem intenção suicida, a mesma está relacionada ao suicídio. É mais comum em adolescentes pois os mesmos apresentam mais facilidade na ação do que na expressão oral, dessa forma a prática de automutilar comunica algo, dão pistas de uma aflição vivencial.

A prática de lesão autoprovocada tende a diminuir significamente no final da adolescência, em alguns casos persiste na fase adulta, e outros casos embora a prática pareça cessar, a pessoa continua com estratégias disfuncionais de regulação emocional na vida adulta, quando não tratado.

Fatores de risco para o desenvolvimento de comportamento autolesivo: A adolescência é uma fase do desenvolvimento vulnerável, com alto índice de impulsividade e reatividade emocional e imaturidade emocional, próprios do desenvolvimento cerebral. Outros fatores como: fatores de personalidade, Bullying (intimidação na infância/adolescência); contágio social (amigos ou conhecidos envolvidos com a prática automutilante); internet (busca por grupos que validem essa prática); abusos (principalmente o emocional); negligência parental; entre outros, estão associados a essa prática.

Sentimentos desencadeante da prática de automutilação: sentimento de solidão, tristeza e sensação de opressão.

Qual seria a função da automutilação? Diminuir sentimentos negativos, sentir-se vivo, evitar interações sociais, enviar uma mensagem. E pode estar associado também ao fato da dor física diminuir a dor emocional. É preciso uma boa condução clínica, para identificar as causas e funções desses comportamentos, para direcionar o tratamento.

Tratamento: A psicoterapia poderá contribuir significativamente para redução do comportamento automutilante. Sendo que a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e a Terapia Comportamental Dialética (DBT), apresentam mais evidências científicas de eficácia.

Identifiquei cortes no antebraço, coxa (locais mais comuns) do meu filho (a), aluno (a), o que fazer? Primeiramente entender que aquela pessoa está em sofrimento, ou seja, não despreze/ignore esse sofrimento, nada pior do que ouvir que seu sentimento é bobeira ou que você não tem motivos para se sentir assim. Acolha! Ofereça ajuda! A psicoterapia abre espaço para expressão, tem uma escuta especializada, além de direcionar o tratamento.

Apenas 1/3 dos jovens buscam por ajuda. Incentive a busca por ajuda. Vamos juntos buscar qualidade de vida e saúde mental?

Referências

Brown, R.C., Plener, P.L (2017). Non-suicidal Self-Injury in Adolescence. Curr Psychiatry Rep 19, 20.

American Psychiatric Association (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5ed. Porto Alegre: Artmed.

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Simone Angelica Amorim

Psicóloga
CRP-01/25084

Psicóloga Simone-Angelica-Amorim Aguas Clarsas

Terei o maior prazer em lhe atender!

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